domingo, 16 de janeiro de 2011

Hilal Sami Hilal



Hilal Sami Hilal



“Alguém tinha de realizar esse corte entre mãe e filho. No meu caso, foi a arte. . A arte não dá conta da ausência, mas ampara...” 

                                                                                     Hilal 





Descendente de família síria, nasceu em Vitória – ES, em 1952. O artista, que fundou a cadeira de Estudo do Papel na Universidade Federal do Espírito Santo, constrói sua própria matéria prima, seu material de trabalho, e desde sempre confeccionou o papel para a sua obra e trabalha com a memória afetiva. 
Para fazer o papel, Hilal utiliza basicamente a fibra de algodão, vinda de trapos, roupas velhas de família. 
O artista conta que transformava em papel as roupas que ganhava de presente! Recentemente Hilal foi o único representante do Brasil na mostra Radical laces, no Museu de Arte e Design, em Nova York, com outros 26 artistas.

As trocas entre os contrastes – oriente/ocidente, passado/presente, corpo/alma, o visível/o invisível - são referências recorrentes em seus trabalhos. Seus rendados, quase transparências, têm a leveza dos movimentos mais sutis de alguns dos mais belos passos de dança. Hilal é o artista do gesto, da mutação e do movimento constantes. “Meu trabalho é como uma partitura onde vou escrevendo os ritmos”, diz o artista.



Estou delirando com o artista, desde sua Exposição em Belo Horizonte - Evento  Seu Sami - no mês de setembro, p.p., nas galerias Alberto da Veiga Guignard, Galeria Genesco Murta e Galeria Arlinda Corrêa Lima, com entrada franca!
"A exposição revela as suas memórias e estabelece um paralelo entre luz e sombra; entre o vazio e a matéria."


A obra de Hilal caracteriza-se pela leveza das formas, seja nos rendilhados, nascidos do papel elaborado pelo próprio artista a partir de trapos de tecidos, seja nos trabalhos em metal, onde dele retira o peso, transformando-o numa espécie de brocado.


Vejam o luxo:


(trapo de algodão, pó de alumínio e pigmentos - 1998)


(Sherazade - 2007)



(exterior, MAM - Rio)


(trapo de algodão, alumínio e ferro - 1998)



 (Série Livros)

(jasmin's hands)




(Trapo Pendurado)


O trabalho de Hilal me encantou pela delicadeza...

A leveza obtida de trapos. O artista trabalha, basicamente, com a fibra de algodão, da qual obtém uma massa depois derramada sobre uma superfície lisa, formando desenhos delicados que, depois de secos parecem renda, bordados esvoaçantes. Às vezes coloridos com pó de alumínio e ferro.

(Trapo algodão com pós alumínio e ferro)

Expostos distanciados da parede, pendurados como cortinas, criam sombras, transparências, volumes...


Veja mais no blog da Renata  Duarte: http://renatadbc.web.officelive.com/planejamentohilal.aspx


ou no site pessoal do artista: http://www.hilalsamihilal.com.br/


“O papel é das poucas coisas presentes do nascimento à morte, quando somos registrados e no atestado de óbito.”  “Na pesquisa com papel, optei pela memória afetiva, por usar trapos de algodão” (Hilal)

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Espero que tenha apreciado!!
Graça Lacerda

2 comentários:

  1. - Quem faz isso com papel velho é um artista e um gênio. Parabéns pela bela postagem , Graça. Abraços.

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  2. De onde se imagina trapos, ele extrai arte. Beleza de post.
    Bom ver vc no Balaio.
    Beijos.

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