
Em todo campo da sinestesia, o fenômeno mais conhecido é o das “vogais coradas”, talvez em virtude da divulgação do famoso soneto de Arthur Rimbaud, muito discutido e explorado, difundido largamente através de traduções em todas as línguas:
VOYELLES
“A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu; voyelles.
Je dirai quelque jour vos naissances latentes(...)
...
- O l’Oméga, rayon Violet de Ses Yeux!”
Nem sempre as traduções espelham com propriedade os sentimentos estéticos do poeta.
Encontramos duas traduções: uma, no livro “Poesia e Loucura”, de Antheaume e Dromard, em castelhano e a versão para a nossa língua, feita por Brant Horta, que não é assim das mais recomendáveis.
Eis uma tradução superior e mais fiel, feita por Gondin da Fonseca no seu livro “Poemas da Angústia alheia”:
“A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul: vogais,
Algum dia direi vossas fontes latentes: (...)”
Há quem o considere página perfeita, “exemplo insofismável de sinestesia, paradigma de sensibilidade objetivada”...Gondin afirma mesmo que “O Soneto das Vogais é uma biografia de Rimbaud. Uma síntese dos seus problemas angustiantes. O ponto mais alto a que chegou sua rara, genial inspiração”.
Autobiografia ou brincadeira, o fato é que o soneto de Rimbaud é hoje universalmente conhecido e apontado como um exemplo de sinestesia, ou de paraestesia, e dos mais belos e expressivos.
Assim , impressões personalíssimas, sua transposição sensorial não se manifesta da mesma forma em todos os poetas que se impressionaram com a percepção das VOGAIS CORADAS...
E para você, qual seria a 'cor' das vogais?...
Graça, super interessante essa matéria sobre as (supostas) cores das vogais. NOssas letrinhas de apoio, desde a infância.
ResponderExcluirA cor das vogais pra mim? Meus sais... Nunca pensei nisso. rs
Mente privilegiada de Rimbaud.
Li o soneto e fiquei bege! FANTÁSTICO.
valeu querida, por essa aula. Vivendo e aprendendo.
Obrigada por esse momento!
com carinho
beijos
Diante de tanta inspiração e sabedoria, tentarei humildemente colocar cores nas vogais.
ResponderExcluirDaria vermelho ao “A” de AMOR quente e apaixonado, sem correntes.
Pintaria de prata o “E” de ELEGÂNCIA, postura interna de quem está se amando.
As sete cores do arco-íris iriam colorir cada pedacinho do “I” das ILUSÔES, seria os sete véus de Ísis sempre tão envolventes.
Com lápis de cor azul daria a volta no “O” com OMBRIDADE que teria o céu sobre os ombros com a leveza das nuvens.
Com aquarela se misturariam vermelho e azul no “U” de ÚNICA, assim com digitais violetas, sublimaria o Ser antes do Ter.
Bem, saiu isso amiga.Estou meio sem inspiração. Bom carnaval!
Oi, minhas queridas...
ResponderExcluirEstou 'judiando' de vocês em pleno Carnaval, eu sei...rs
Mas, disfarcem, é a continuação da série do livro A COR do GOSTO, e estou doidinha pra terminar logo...perdoem.
LU,
vc com seus 'poeminis' e eu enchendo sua cabecinha com essas aulas... mas vc gostou, obrigada, pois sei que aprecia Rimbaud.
Elaine!!!
E vc chama isso de falta de inspiration, amiga?
Meu Deus! Vc foi vibrante...brilhante...assim como as cores alegres do Carnaval, sem querer impregnadas em todos nesses dias...
Beijos às duas!!!
Super interessante essa das vogais,,nao sabia mesmo,,,,,obrigado pelo carinho de sempre de suas visitas e de suas palavras....beijos no coração e um lindo dia.
ResponderExcluirPoxa!!!!
ResponderExcluirPor isso que amo estar aqui...por isso amo te ler!
Sempre entro ávida....e saio deste cantinho lindo, com a alma preenchida!
Beijo com carinho minha amiga!
ADOREI SABER UM POUCO MAIS!
Bea
Éverson,
ResponderExcluirmeu querido amigo-irmão!
Eu agradeço!
Beijos em teu coração tb.
Bea,
minha poeta amada...
Que bom quando apareces!!!
Beijos de montão, minha linda!
Nun entendi nada ,mas feliz estoy ahhh! por sôdades abissais ,snif ,docê ter!
ResponderExcluirbzuz abissais!
Viva La Vida!
Ricardo...rsrs
ResponderExcluirQue gracinha não entender nada...
Sabe, amigo? Então somos dois, pq eu tb tem hora que dá aquele branco, e preciso pedir socorro aqui em casa...rs
Sôdades abissais docê tb,snif!!!
E VIVA LA VIDA!
Minina Graça amada,olha voltei,e li e reli,mas...estoy mais perdido que cego em meio a um tiroteio bang donde ?pápá,ui ai donde?
ResponderExcluirMas livro esse me lembra um tartado das cores que não sei se conheces ,sério,"Da Cor à Cor Inexistente"dei aula a respeito,quando ainda não era blen blen ,na Universidade Federal Fluminnse!IACS Instituto de Artes e Comunicação Visual!huhuuuuuuuuuuuricardo calmon também é curtura!kkkk!Viva la vida te amu!Pessoa Linda!
Ah, Ricardo, só vc mesmo!
ResponderExcluirTroquemos hoje umas 'figurinhas' de 'curtura'... pode ser meu querido?
Na verdade, esse post é continuação da série que venho fazendo, sobre a cor, o gosto, o olfato, enfim, os sentidos na Literatura.
A fonte é a obra "A cor do Gosto", de autoria do Dr. Octacílio de Carvalho Lopes, editora Anhanguera, dos idos de 1959...
Aqueles que vêm acompanhando essa minha 'saga', já estão sabendo da série: resolvi resumir, para postar aqui, alguns capítulos que considerei mais interessantes.
Se apetecer a você, veja os anteriores tb, mesmo que 'un passant'.
Ei, mas não vamos fundir as nossas cucas, amigo!
VIVAMOS LA VIDA!
E VIVA LA MESMA!!!
Um beijo.
CARÍSSIMA GRAÇA LACERDA ,TÁ BOM ,VOU TOMAR UM BANHO DE CURTURA ,DE VC ATRAVÉS!DÊ-ME UM TEMPO (DE HOJE PARA AMANHÃ,E LEREI TODOS,POIS EM PSICOSITES AGORA IREI ENTRAR,UM BARATO,COM VOCE INTERAGIR!
ResponderExcluirtoda ternura minha entre girassois,a vc ofereço!
viva la vida!
smackkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Amada Miga,li e reli,realmente não é minha praia rsrsr,para quem gosta um tema infinito,mais para mim,fiquei mais por fora que dedão de franciscano!
ResponderExcluirbzus!
uma noite boa!
viva la vida!